Do Jornal O Imparcial
Atrás apenas da Bahia, o Maranhão é o segundo estado brasileiro com a maior concentração de pessoas em situação de extrema pobreza (1,7 milhão), de acordo com dados Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Na semana passada, o Ministério informou que o Brasil tem 16,27 milhões de pessoas nessa condição.
Os três estados com mais pessoas em extrema pobreza estão no Nordeste, o terceiro é o Ceará (1,5 millhão). O Pará, na região Norte, é o quarto (1,43 milhão). O quinto é Pernambuco (1,37 milhão) e, em sexto, está São Paulo (1,08 milhão). O estado de Alagoas aparece em 10º lugar com 633.650 pessoas em extrema pobreza.
As menores concentrações de pessoas em situação de miséria estão no Distrito Federal (46,58 mil), Roraima (73,35 mil), Amapá (82,92 mil) e Santa Catarina (102,67 mil).
Os dados foram produzidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para subsidiar o programa "Brasil sem Miséria", que será lançado nas próximas semanas pela presidente Dilma Rousseff.
Regiões %u2013 A região Nordeste concentra a maior parte dos extremamente pobres %u2013 9,61 milhões de pessoas ou 59,1%. Destes, a maior parcela (56,4%) vive no campo; 43,6% estão em áreas urbanas. A região Sudeste tem 2,72 milhões de brasileiros em situação de miséria, seguida por Norte, com 2,65 milhões, Sul (715,96 mil), e Centro-Oeste (557,44 mil).
Metodologia %u2013 Para demilitar os brasileiros que vivem em condição de extrema pobreza, o governo utilizou dados preliminares do Censo Demográfico de 2010. A linha de pobreza foi estabelecida em R$ 70 per capita considerando o rendimento nominal mensal domiciliar.
Desse modo, qualquer pessoa residente em domicílios com rendimento menor ou igual a esse valor é considerada extremamente pobre. Há, no entanto, integrantes de uma família que, apesar de não terem qualquer rendimento, não se encaixam na linha de extrema pobreza.
Para calcular as pessoas sem rendimento que, de fato, se incluem na linha de miséria, o IBGE realizou um recorte que considerou os seguintes critérios: residência sem banheiro ou com uso exclusivo; sem ligação de rede geral de esgoto ou pluvial e sem fossa séptica; em área urbana sem ligação à rede geral de distribuição de água; em área rural sem ligação à rede geral de distribuição de água e sem poço ou nascente na propriedade; sem energia elétrica; com pelo menos um morador de 15 anos ou mais de idade analfabeto; com pelo menos três moradores de até 14 anos de idade; com pelo menos um morador de 65 anos ou mais de idade.
Segundo estimativa é do IBGE cerca de 16,2 milhões brasileiros são extremamente pobres, o equivalente a 8,5% da população.
Encontram-se nesta situação as famílias cuja renda per capita seja de até R$ 70. Esse parâmetro será usado para a elaboração das políticas sociais, como o Plano Brasil sem Miséria, que deverá ser lançado em breve pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Para levantar o número de brasileiros em extrema pobreza, o IBGE levou em consideração além do rendimento outras condições, como a existência de banheiros nas casas, acesso à rede de esgoto e água e energia elétrica. Também avaliou se os integrantes da família são analfabetos ou idosos.
Mas a taxa de desigualdade no Brasil caiu à mínima histórica no final do ano passado, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Entre 2002 e 2010, o país conseguiu reduzir a pobreza em 50,64%.
De acordo com o economista da fundação Marcelo Neri, em oito anos foi feito o que era previsto para 25 anos, de acordo com a meta da Organização das Nações Unidas.
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