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domingo, 10 de junho de 2012

Maranhenses ganham dois novos cursos de Medicina no Interior do estado


O Ministério da Educação publicou nesta sexta-feira (8), no "Diário Oficial de União", uma portaria anunciando a criação de 1.615 novas vagas em cursos superiores de medicina de universidades federais. Atualmente, as instituições federais oferecem 735 vagas em cursos de medicina.
A ampliação faz parte dos planos do MEC em aumentar o número de vagas em cursos de medicina até 2013, sendo sendo 1.615 vagas em universidades públicas e 800 em faculdades particulares. As vagas são para universidades em regiões que o ministério entende precisar de médicos, principalmente no Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
O anúncio vem em meio a uma greve dos professores das universidades federais que reclamam, entre outras coisas, da ampliação de vagas e do número de alunos sem que as instituições ofereçam infraestrutura adequadra e um número maior de docentes efetivos. O Conselho Federal de Medicina também se pronunciou contrário à ampliação do número de vagas nos cursos de medicina do país.
Na quarta-feira (6), o MEC anunciou a autorização para a criação de 800 vagas em nove cursos novos de medicina em faculdades particulares. Para implantar as novas vagas até o final de 2013, o ministério prevê a contratação de 1.618 professores por meio de concurso e o investimento de R$ 399 milhões em infraestrutura.

VEJA AS NOVAS VAGAS
 UFInstituiçãoCampusMunicípioVagas atuais Novas vagas
NORTE 210 310
 AM UFAMArthur VirgílioManaus11248
 AM UFAMMédio SolimõesCoari080
 AC UFACAulio Gélio AlvesRio Branco4040 
 APUNIFAP Marco ZeroMacapá30 30
PAUNIFESSPAMarabáMarabá060
 RR UFRRParicaranaBoa Vista28 52
NORDESTE415775
 MAUFMA São Luís São Luís10040 
 MAUFMA Imperatriz Imperatriz80
 PIUFPI Teresina Teresina 80 40 
 PIUFPI Parnaíba Parnaíba 80 
 PBUFPB João Pessoa João Pessoa 10525 
PEUFPEAgresteCaruaru080
ALUFALSedeMaceió8020
ALUFALArapiracaArapiraca060
SE UFS Lagarto Lagarto 50 10 
RNUFRNCaicóCaicó040
MAUFMAPinheiroPinheiro040
BAUNIVASFPaulo AfonsoPaulo Afonso040
BAUFRBS. Antonio de JesusS. Antonio de Jesus060
BAUFOBABarreirasBarreiras080
BA  UFESBAItabunaItabuna 80 
CENTRO-OESTE110270
MTUFMT  SinopSinop 060
MSUFMSTrês LagoasTrês Lagoas060
MSUFMSCampo GrandeCampo Grande6020
MSUFGDDouradosDourados5030
MTUFMTRondonópolisRondonópolis040
GOUFGJataíJataí060
SUDESTE220 
MG UFVJM Diamantina Diamantina60 
MGUFVJMTeófilo OtoniTeófilo Otoni60 
MGUFSJSão João Del ReiSão João Del Rei40 
MGUNIFALAlfenasAlfenas60 
 SUL40 
 RSUFFSPasso Fundo Passo Fundo40 
 TOTAL735 1.615 

Ampliação

As novas vagas representam uma ampliação de cerca de 15% do total de vagas oferecidas no país. O ministro Aloizio Mercadante informou na terça-feira (5) que a expansão seria em instituições "de excelência" e que comprovaram que, para cada novo aluno previsto, havia cinco leitos disponíveis na rede pública.

"O Brasil não precisa apenas de mais médicos, mas de mais médicos com qualidade", afirmou Mercadante.
O ministro também destacou que a expansão prioriza regiões com carência de profissionais e é feita de acordo com a infraestrutura das instituições. “Há ainda este segundo problema: má distribuição de médicos. A vaga no curso de medicina não significa necessariamente a fixação dos médicos [na região]”, disse. Precisamos de políticas que atraiam esses profissionais.”
De acordo com Mercadante, a ampliação das ofertas em cursos de medicina foi pensada em conjunto com o Ministério da Saúde e pretende mudar a relação de médicos por mil habitantes no país, calculada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em 2009. Os dados apontam que a taxa do Brasil é de 1,8 médico por mil habitantes, deixando o país atrás de países como Uruguai (3,7); Estados Unidos (2,4); Reino Unido (2,7); França (3,5) e Cuba (6,4).
Crítica

Na tarde de terça, depois do anúncio do MEC, o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou em seu site oficial um comunicado demonstrando "preocupação" com a decisão do governo de ampliar a oferta de vagas em cursos de medicina. "Tal anúncio (...) passa ao largo de medidas com efeito real para equacionar o problema do acesso à saúde e ignora aspectos ligados ao preparo dos futuros médicos", diz o comunicado.

Segundo a entidade, a "abertura indiscriminada" de vagas - entre 2000 e 2012 o número de faculdades de medicina cresceu de 100 para 185 no Brasil, diz o CFM - provocou o aumento de cursos com avaliação ruim no Conceito Preliminar de Cursos (CPC). Na última edição, de acordo com o conselho, 23 dos 141 cursos avaliados tiveram nota ruim (1 ou 2), e nenhum curso alcançou a nota máxima (5).
"Essa multiplicação não tem solucionado a povoação de médicos nos locais desassistidos e sequer melhorou a qualidade dos médicos ali formados. Não há dúvida que número importante escolas médicas em atividade está sem condições de funcionamento. Assim, a abertura de novas escolas ou o aumento no número de vagas nas existentes é uma atitude desprovida de conteúdo prático e de bom senso", afirma o texto.


Fonte: Assessoria de Comunicação Social
 http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17827

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